sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

"Que a minha prece seja"



Que a minha prece seja não para ser protegido dos perigos,
mas para não ter medo de enfrentá-los.
Que a minha prece seja não para acalmar a dor,
mas para que o coração a conquiste.

Permita que na batalha da vida
não procure aliados mas minhas próprias forças.
Permita que não implore no meu medo, ansioso por ser salvo,
mas que aguarde a paciência para conquistar minha liberdade.

Rabindranath Tagore

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Apenas fluindo



Fluir com a vida quer dizer aceitação: deixar chegar o que vem e deixar ir o que se vai.

Sri Nisargadatta Maharaj

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Depois de partir

Assisti nesses dias a um filme que me tocou profundamente. Ele não é recente e o título em português é "Depois de partir" (Afterwards, 2008).

A história tem suas surpresas, muitas, e mostra a trajetória de um menino que sofre um acidente e experiencia a morte e a volta à vida. Anos mais tarde um misterioso homem passa a lhe mostrar um novo caminho e uma nova forma de encarar a morte. Essa é a sinopse básica. O que o filme foca, ou pelo menos esse foi a meu entendimento, é o preparo de algumas pessoas para a hora da morte, a qual ninguém está livre.

Nesse filme existem os "mensageiros", pessoas que tem o dom de saber ao olhar para uma pessoa se esta está perto da sua hora de partir. Existe, a partir desse fato, um acompanhamento para fazer com que a pessoa encontre paz e serenidade até esse fato se consumar.

Pelas expriências que tenho vivido esses dias agora, de mais uma vez estar presenciando a "morte anunciada" de uma pessoa tão próxima e querida, começo a me questionar se o preparo para a morte é para quem vai ou se ele é ainda mais importamte para quem fica.
É muito doloroso, muito mais, imensamente mais, diria, ver o sofrimento de quem amamos do que a morte propriamente. É quase constrangedor estar na presença de alguém que sofre e não tem muito mais tempo de vida dizer algo de conforto ou tentar disfarçar com comentários amenos aquela situação, fingindo que tudo está bem, ou que aquele assunto vai minimizar a dor ou ser relevante para algum de nós.

O único consolo, depois de viver situações anteriores dessa natureza, é que com o tempo, por mais clichê que possa parecer, tudo passa. Na verdade, a dor do sofrimento passa, assim como a dor da tristeza da perda. Depois, o que passa é a saudade doída, aquela que nos faz chorar. E o que fica é apenas a saudade daquela pessoa, saudade gostosa, do convívio, do compartilhamento.

E mais uma vez a vida tem os seus processos, e a cada experiência dessas vamos aprendendo a lidar com o inevitável.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Viver é ter coragem



A vida exige enorme coragem. Apesar de todos os medos, temos que começar a viver. E a vida é insegurança. Se você ficar preocupado demais com proteção e segurança, você permanecerá confinado a um pequeno cantinho, quase em uma prisão.
Será seguro, mas não será vivo, não terá aventura, não terá êxtase.

Osho

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mantra para a cura

Para promover a cura em nossos corpos, dos mais densos aos mais sutis.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Você só toma para si o que quiser aceitar

Perto de Tóquio, no Japão, vivia um grande samurai já idoso que agora se dedicava a ensinar o zen-budismo aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro - conhecido por sua total falta de escrúpulos - apareceu por ali. Era famoso por usar a técnica da provação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante

O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo e aumentar sua fama.Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.

Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos - ofendendo, inclusive, seus ancestrais. Durante horas, fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.

Desapontados pelo fato que o mestre aceitara tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram: "Como o senhor pode suportar com tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?"

- Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem pertence o presente?, perguntou o samurai.

- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos alunos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos, disse o mestre. Quando não são aceitos continuam pertencendo a quem as carregava consigo.

texto comparilhado do meu amigo Rogério Quintão